Apoie o Turismo Sustentável em Portugal
O turismo é uma das indústrias que mais crescem no mundo e é uma importante fonte de rendimento para muitos países. Sendo uma indústria orientada para as pessoas, o turismo também oferece muitos empregos que ajudam a revitalizar as economias locais.
No entanto, como outras formas de desenvolvimento, o turismo também pode causar a sua parcela de problemas, como o deslocamento social, perda de património cultural, dependência económica e degradação ecológica. Aprender sobre os impactos do turismo levou muitas pessoas a procurar férias mais responsáveis. Isto inclui várias formas de turismo alternativo ou sustentável, como: “turismo baseado na natureza”, “ecoturismo” e “turismo cultural”. O turismo sustentável está a tornar-se tão popular que alguns dizem que o que atualmente chamamos de “alternativa” será o “mainstream” numa década.
Todas as atividades turísticas de qualquer motivação – férias, viagens de negócios, conferências, viagens de aventura e ecoturismo – precisam ser sustentáveis. O turismo sustentável é definido como “o turismo que respeita a população local e o viajante, o património cultural e o meio ambiente”. Este visa proporcionar às pessoas umas férias emocionantes e educacionais que também são benéficas para as pessoas do país anfitrião.
Este módulo explora as características e os objetivos do turismo sustentável por meio de uma série de estudos de caso. Também ajuda a identificar formas pelas quais o turismo sustentável pode ser introduzido aos estudantes.
Objetivos sustentáveis:
- Apreciar os benefícios e problemas decorrentes de várias formas de turismo, especialmente em termos de equidade social e meio ambiente;
- Desenvolver uma consciência crítica das formas pelas quais o turismo pode melhorar o bem-estar das pessoas e proteger o nosso património natural e cultural;
- Promover um compromisso pessoal com formas de turismo que maximizem, em vez de prejudicar, o desenvolvimento humano sustentável e a qualidade ambiental;
- e Planear formas de ensinar sobre turismo sustentável.
Em 2017, conquistámos a Menção Honrosa no Green Project Awards – Categoria Turismo Sustentável!
Lento, um novo conceito de Turismo
O Turismo Lento contradiz o estilo de turismo afirmado no século passado, ou seja, os documentos turísticos, todos inclusive, as excursões planeadas, os horários impostos, etc.
O conceito de “Slow Travel” é uma tendência crescente. A segunda metade do século XX pode ser definida como o período de afirmação do turismo, mas também o estágio em que se iniciou o processo de massificação de destinos e a perda de originalidade dos territórios. Construção galopante, sobrecarga turística excessiva, sobrecarga de recursos naturais e culturais, tudo isto foi possível graças ao rápido desenvolvimento e da ganância pelo consumo. Como resultado, deparamos-nos agora com territórios não caracterizados, onde a cultura local desapareceu ou foi profundamente alterada, espaços onde as populações locais foram enganadas pelas suas expectativas e, em vez do suposto desenvolvimento estruturante, os destinos viram todas as suas oportunidades de sustentabilidade comprometidas. O turismo de massa é impessoal, onde o turista é um número e não experiencia o destino, mas uma “conta” folclórica.
O século XXI está associado à afirmação de um novo conceito de desenvolvimento, o sustentável, associado a um desenvolvimento capaz de responder às necessidades do presente sem comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.
Slow Travel pode ser definido como a oportunidade do visitante de se tornar parte integrante do destino, entrando em contato com a população e o território num ritmo adequado à apreensão da cultura local. Este movimento silencioso contradiz o estilo de turismo afirmado no século passado, ou seja, os documentos turísticos, todos inclsuive, as excursões planeadas, os horários, etc. “Slow Travel” valoriza a estadia prolongada, com tempo suficiente para ir além do “preciso ver”. Contato com pequenos espaços locais, com produtores, com mercados, com as populações, visitar aquela pequena igreja ou restaurante que não está incluído nos guias, ou seja, explorar, descobrir, desfrutar são os princípios do “Slow Travel”. “Slow Travel” é um “estilo de vida” que aparece como um contra-ciclo ao que é estipulado pelos grandes operadores turísticos.
Torne-se parte do lugar que visita, desfrute das esplanadas, converse com quem mora lá, tente entender as pessoas, os modos de viver, os espaços. Escolha os lugares com os quais mais nos identificamos e passe horas lá. Conheça a pé, de bicicleta, de comboio. Participe em atividades locais, contribua para o seu desenvolvimento.
O Slow Travel não é apenas voltado para áreas rurais, embora elas tenham características específicas para a sua prática. Os espaços urbanos podem e devem ser interpretados de acordo com os padrões de Slow Travel, melhorando a sustentabilidade, as economias locais e uma nova experiência do visitante. E, de acordo com o Global Trends Report, publicado no World Travel Market de 2008, este será um movimento que se afirmará nos próximos anos. O clima económico atual e o debate sobre as mudanças climáticas reforçaram o potencial de crescimento deste mercado, sugerindo que os destinos devem concentrar-se nos produtos que os valorizam. Como se supõe ser uma alternativa aos padrões turísticos atuais, “Slow Travel” não é uma moda, mas um estilo de vida baseado nos novos padrões comportamentais assumidos por uma sociedade responsável.